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segunda-feira, 6 de julho de 2015
sexta-feira, 3 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Educar não é tarefa exclusiva do Estado
É
preciso redobrar a atenção e participar da luta para que o Plano
Nacional de Educação não exclua a família do processo educativo
A sociedade brasileira está convocada a conhecer as mudanças em curso
no campo da educação. Um tema de interesse social incontestável. A
educação é decisiva na vida de cada cidadão e no conjunto da cultura.
Por isso mesmo, os processos educativos precisam ser bem acompanhados
para evitar desvios e descompassos. Equívocos na condução desse campo
podem condenar gerações a pagar alto preço. Nesse momento, a educação
está em pauta e todos, particularmente as famílias, pensando no futuro
das crianças e dos jovens, devem se informar e acompanhar tudo o que se
propõe para essa área estratégica. Nesse caminho, é importante conhecer o
documento final da 2ª Conferência Nacional de Educação (CONAE 2014),
realizada entre 19 e 23 de novembro do ano passado.
Um aspecto positivo é a parceria entre Congresso Nacional, sistemas
de ensino, órgãos educacionais e a sociedade civil, em busca de uma
articulação da educação nacional como uma política de Estado. Os
desdobramentos desse processo devem levar os vereadores de todos os
municípios e os deputados estaduais a se empenharem na busca da
efetivação do que é indicado no Plano Nacional de Educação. Mas para que
ocorram avanços, todos os cidadãos precisam conhecer as propostas,
refletir e expor suas convicções para os representantes do povo. É
importante observar, especialmente, os interesses da família,
instituição de imensurável relevância na sociedade.
Não se pode iludir diante da nefasta consideração de que a
instituição familiar é algo antiquado. Também é inadequado o
questionamento a respeito do modelo de família cristã, referência não
apenas para os que professam a fé, pois é sustentáculo incontestável e
imprescindível de toda a sociedade. Nesse sentido, é preciso
redobrar a atenção e participar da luta para que o Plano Nacional de
Educação não exclua a família do processo educativo. Educar não é tarefa
exclusiva do Estado. Reivindica-se que o Estado consiga
cumprir a sua tarefa de promover um ensino qualificado, missão que
lamentavelmente ainda não é bem exercida. Porém, para o Estado avançar
no exercício desse dever, precisa decisivamente da contribuição das
famílias, importantes comunidades educativas.
É no contexto familiar que o homem e a mulher são educados para
viveram a plenitude de sua dignidade pessoal, em todas as dimensões. Há
valores que só podem ser aprendidos na família. Por isso, a inclusão da
prejudicial ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação é motivo
de preocupação. Trata-se de uma ideologia com fragilidades
antropológico-culturais que, ao ser inserida no Plano Nacional,
determinará o ensino de que ninguém nasce homem ou mulher, mas que deve
construir sua identidade, isto é, o seu gênero, ao longo da vida. Gênero
seria uma construção pessoal. As crianças não deveriam aprender que são
meninos e meninas. Essa absurda compreensão estaria no material
didático e o papel educativo da família seria anulado e usurpado. O
poder educativo ficaria concentrado nas mãos do ente federado, a partir
da orientação de uma ideologia nefasta. Por isso, afirmou bem o Papa
Francisco que a “ideologia de gênero é contrária ao plano de Deus”.
Atenção, reflexão e acompanhamento são necessários porque muitos
princípios e objetivos regem o Plano Nacional de Educação. As metas
incluem a promoção da alfabetização, a universalização do atendimento
escolar, melhoria da qualidade da educação, formação para o trabalho e
para a cidadania, a promoção do princípio da gestão democrática da
educação e, também, a promoção humanística, científica, cultural e
tecnológica do País. Esse documento estabelece, ainda, meta de aplicação
de recursos públicos em educação, a partir do produto interno bruto,
para assegurar atendimento às necessidades de expansão, com padrão de
qualidade e equidade. Além disso, o plano contempla a valorização dos
profissionais da educação, a promoção dos princípios do respeito aos
direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
Porém, a inclusão da chamada ideologia de gênero no Plano Nacional de
Educação é ponto crucial que exige atenção e posicionamento dos
cristãos e de todos os que não admitem a desconsideração de valores
antropológicos inegociáveis. É urgente conhecer minimamente o assunto em
questão. De modo rápido, todo cidadão deve buscar o diálogo com
vereadores e deputados estaduais para que a ideologia de gênero seja
radicalmente rechaçada. A sociedade não pode correr o risco de sofrer
prejuízos irreversíveis. A educação está em pauta e é preciso,
urgentemente, agir em defesa da família.
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