quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Os Senhores de Roma: Nero

Nero foi um imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Até hoje é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Seu nome completo era Nero Cláudio Augusto Germânico. Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37.

Biografia e vida política
Nero tornou-se imperador romano com 16 anos em 13 de outubro de 54, numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador. Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império.
Nero tinha muitos caprichos pessoais. Por exemplo, imaginava-se um grande artista e obrigava as pessoas passarem horas assistindo as suas apresentações de canto, declamação de poesia e dança. Supunha-se o maior artista da civilização greco-romana e ai de quem não achasse!
Certa vez, apaixonou-se por um jovem escravo e então mandou que cortassem fora os órgãos genitais do rapaz para que ele ficasse parecido com uma moça. Horrível não?
No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse. De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia.

Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas. Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio Sêneca.

O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio. Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava. Conta-se que ele colocou fogo na cidade porque precisava de inspiração para compor um poema.

O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras. O espetáculo dos cristãos não foi suficiente para alegrar a população que estava descontente com as suas loucuras. Nero teve que fugir e para não cair nas garras dos inimigos, ordenou que um escravo o matasse.

Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina. Nero morreu em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Julio-Claudiana. Suas últimas palavras foram "Que grande artista morre comigo!"

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